E ela se dizia cansada. Sei, cansada. Como me incomodava tantos verbos conjugados na primeira pessoa do singular.
Em tudo havia um EU.
Eu espero...
Eu quero...
Eu procuro...
Eu estou tão cansada.
E eu não queria mais ouvi-la, segui-la, pajeá-la. Queria simplesmente que ela parasse de falar sobre ela, sobre seu cansaço, sobre seus tormentos....
Queria ser apenas eu e nada mais.

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