De repente, deu-se conta dos erros. Dos deslizes. E que todos os seus piores medos haviam saltado para a vida real. E que não havia feito absolutamente nada para deter a avalanche. Pior: havia se sentado a beirada da estrada e fingido que tudo estava perfeitamente em ordem. Como se nada estivesse fora dos planos. Como se a bola de neve não se aproximasse. br > E ela sentia um ódio absurdo. Sentia que ele tomava conta de todo o seu corpo, o sentia correr pelas suas veias, como se ele realmente tivesse corpo, consistência. br > E não lhe fazia bem. Porque era a hora de olhar para o espelho e ver que não era a perfeitinha , que não adiantava a força do pensamento. As coisas não mudavam simplesmente com o "querer". Esquecera a parte da luta, a parte do correr atrás. br > E depois de 10 anos estava no mesmo ponto. Como se tivesse dormido por 10 anos e, enquanto isso, o mundo tivesse desabado a sua volta. E agora - só agora - ela acordasse. br > E sentia que não havi...
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Mostrando postagens de dezembro 14, 2008