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Mostrando postagens de outubro 21, 2007
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O que queria? Talvez um pedido de desculpas público. Mas normalmente não conseguia as coisas que queria. E certas coisas não tinham graça se fossem pedidas.
Estrelas vão fugindo entre os faróis e o mar Neste azul, que azul O nosso amor sumindo entre o partir, ficar Entre o norte e o sul Cruzando sobre os raios antenas de TV Por que você me olha se você não me vê? Sobre os oceanos em doces guerras frias Não deixe anoitecer não deixe escurecer o nosso dia. Ela não tinha mais muito tempo para ficar nessa historinha do que era ou deixava de ser. Não era mais hora de reavaliar, de reconsiderar ou de sequer imaginar o que faria ou deixaria de fazer. Passara muito tempo querendo ir além mas sem sair do lugar. Sabia o que tinha que fazer – porque sempre soubera. Porém, por vezes, lhe dava muita preguiça tentar livrar-se de si mesma. Cansara de pedir que ficasse quieta. Se cansava e tudo o que não queria era ser cansativa. Porque, no final das contas, ela só tinha a si mesma. E ninguém a conhecia tão bem. Por tanto, por que essa mania de negar? Por que essa eterna tentativa de fingir que não estava olhando quando sabia que já havia até decorado as ...
Eu queria ser simples. Sim, simples. Uma daquelas pessoas que não vão além, que não querem além e que acreditam no primeiro que lhes afirma algo. Eu queria ser simples e me contentar. Mas não um contentar por falta de opções. Não. Queria um contentamento total e completo, daqueles que só pessoas simples, pessoas que não buscam além e não se importam têm. Porque por vezes é muito difícil carregar esse fardo. É muito complicado ser duas, três, infinitas ao mesmo tempo. Ter a ânsia de ter mais e se organizar para fazer o impossível. Me falta a mediocridade humana.
Por vezes nem mesmo o que vejo me acalma. Porque sempre vejo além.