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Mostrando postagens de julho 15, 2007
... porque tenho medo do que possa ter, por isso me calo. porque não sei até onde sou eu, por isso me calo. porque não sei aonde vou com tamanha pressa, por isso me calo. porque tenho demais por aqui e nada parece ser o suficiente, por isso me calo. porque não sei se o que tenho é o que realmente almejo, por isso me calo. porque tenho receio de cair no abismo, por isso me calo. porque vejo o futuro e renego o passado, por isso me calo. porque sou ansiosa e sei o que quero, por isso me calo. porque sou calma (inclusive) quando me perco, por isso me calo. porque finjo que sei, por isso me calo. porque não tenho mais medo, por isso me calo. porque agora (finalmente) me reconheço, por isso me calo. porque ao ter não me tens mais, por isso me calo. porque não vejo mais as mesmas cores, por isso me calo. porque sei que o horizonte não pára ali, por isso me calo. porque sei o que antes queria esconder, por isso me calo. porque sei que tudo que é eterno se mostra em breve finito, por isso me c...

O que nomeamos de saudade.

Estranha palavra que só existe na Língua Portuguesa. Estranho sentimento que só a nossa língua resolveu nomear - se é que nomeia porque isso que se diz "saudade" é algo muito além do que achamos que compreendemos. Por um tempo acreditei que só sentíamos saudades do que nos fez bem, do que nos foi agradável. Falso, muito falso. Sentimos saudades de tudo. Do que nos foi bom, é verdade. Mas sentimos saudades do que não vivemos, do que poderia ter sido, daquilo que foi por milésimos de segundos. E sentimos saudades até do que nos machucou - acredito que é porque temos sempre esse pensamento de que só os tempos antigos é que eram bons, eram os que valiam a pena. Coisa de quem fala a nossa língua, acredito também, pensamento coletivo criado pelos falantes da língua de Camões. Escutei isso há pouco e me ficou martelando. Porque saudade não é bom, saudade nos machuca, saudade nos impede de crescer, de caminhar. É um rancor no peito, uma sensação de perda no alto do estômago e amargor...

Manifesto

Costumo dizer que há coisas que não entendemos e que para o bom andamento da história simplesmente aceitamos. Claro e lógico que eu não sou dada a aceitações a troco de nada. Porque sou daquele tipo que procuro respostas para tudo - de perguntas filosofais às levantadas na novela das 8. Não aceito um "porque não", "porque sim", "porque acabou", "porque não te amo mais". Da mesma forma que não lido bem com pessoas medrosas. Ou com pessoas dissimuladas. Ou com aqueles que desistem fácil demais. Talvez seja por isso que nunca me apaixonei perdidamente por ninguém nessa vida, nunca tive um hobby que fizesse com que eu esquecesse do resto do mundo ou nunca tive um grupo de rock que fizesse com que eu colasse posters nas paredes e teto do meu quarto enlouquecendo os meus pais. Sempre fui o mais assustador tipo de garota: aquela que sabe o que quer e nada do que a cerca preenche os requisitos. Então nada atiça mais o meu interesse do que certas paixões ...