[Sonata aos de fora]

E dentro do silêncio há o impensável,

O inevitável,

O que se busca com a mesma força que se evita

E dentro se imagina que não há mais mundo lá for a

Que a coerência é pessoal demais para ser considerada regra

Que a vida é pouco para quem quer muito

E se fico aqui dentro

É que o que está for a não me completa,

Não me traduz,

Não me refaz

Porque me são necessárias as noites de mais completo silêncio,

Porque não me sufocam os dias de paz

Tenho essa necessidade inerente de ser eu mesma

E não ter que pedir permissão aos demais.

 
 

E há dentro tudo que evito

E dentro estão as minhas ilusões

E aqui vivem os meus sonhos

E não há decepções

 
 

E se vivo te dizendo

Não tenha medo, porque sei o que faço,

Não pense que é mera ironia ou blefe

Eu não me arrependo, não me desculpo.

Sei que mereço

Não renego

E realmente só me entendo

Quando me tranco aqui dentro.

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